Iniciando no console

Ao se logar em um sistema Linux via modo texto (sem utilizar um gerenciador de login gráfico), será apresentado para o usuário uma linha de comando, como apresentado abaixo:

[aluno@senac]$

A primeira parte (antes do @), indica o nome do usuário que está acessando este Shell no momento. Logo após do @, é mostrado o nome da máquina (local ou remota), e por último, é mostrado o diretório onde o usuário se encontra no momento. Para o usuário root, a única diferença é no sinal final, onde é mostrado um sustenido (#).

Console, ou terminal, é a área onde é mostrado o Shell. Em modo texto, ele é chamado também de terminal virtual (consistindo apenas na tinha de comando do Shell). É possível alterar entre os terminais virtuais no Linux, utilizando as teclas Alt-fn, onde n pode varias de 1 até 6 na configuração padrão.

No modo gráfico, o terminal é acionado por um programa que imite ou emule o console.

Comandos de Gerenciamento do Sistema

Para evitarmos danos ao sistema de arquivos, é necessário que o superusuário (root) pare o sistema antes de desligar o computador. Um dos comandos que podem ser utilizando é o comando shutdown. Este comando permite tanto desligar quanto reiniciar o sistema.

– Comandos para Desligar

shutdown -h now
halp –p
poweroff
init 0
shutdown -h 10 -> desliga o sistema em 10 min.

– Comandos para Reiniciar

shutdown -r now
reboot
ctrl+alt+Del
init 6
shutdown -r 12 -> Reinicia o sistema em 12 min.

Comandos de Ajuda

Praticamente todos os comandos citados possuem parâmetros que permitem incrementar suas funcionalidades. Por exemplo, se você digitar o comando ls com o parâmetro -R (ls -R), este mostrará todos os arquivos do diretório, inclusive os ocultos.

A melhor forma de conhecer os parâmetros adicionais de cada comando é consultando as informações de ajuda. Para isso, pode-se usar o recurso –help. Veja o exemplo para o comando ls:

ls –help

Também é possível utilizar o comando man (desde que seu conteúdo esteja instalado), que geralmente fornece informações mais detalhadas. Par usar o man para obter detalhes do comando cp, por exemplo, a sintaxe é:

man cp

Se você estiver utilizando o bash, pode-se aplicar o comando help ou info da mesma forma que o comando man:

help cp

info cp

obs: se digitar apenas o comando ira mostrar todas as páginas existente ref. ao comando em questão: Ex: $ info mostrar todas as páginas info existentes no sistema.

Assim como conhecer os comandos básicos do Linux é importante, também é saber como acessar seus recursos de ajuda, desde modo não será necessário decorar as seqüências das funcionalidades extras. Sabendo usar todos os recursos, você certamente terá boa produtividade em suas tarefas no Linux.

 

Kernel

Kernel é próprio Linux, ele é o coração / núcleo do sistema, que controla todos os dispositivos do computador (como memória, placas de som, vídeo, discos rígidos, sistemas de arquivos, redes e outros recursos disponíveis). O Kernel do Linux tem o código aberto, desta forma, todos podem editar e compilar o Kernel conforme suas necessidades, habilitando suporte a novos dispositivos.

O Kernel do Linux é desenvolvido por um time de profissionais e pode ser acompanhado pelo seu site oficial: www.kernel.org .

Comandos relacionados com o Kernel:

uname -a para exibir as informações sobre seu sistema (Respectivamente

Sistema operacional, nome do host, versão do kernel, data e arquitetura.)

lsmod para exibir os módulos do kernel carregados atualmente.

 

Características dos arquivos no Linux

 

Uma descrição de um sistema Unix, também aplicável ao Linux é a seguinte:

Em um sistema Unix, tudo é arquivo; se algo não é arquivo, então é um processo.

 

O Linux não sabe, por exemplo, a diferença entre um diretório e um arquivo, para ele, um diretório é somente um arquivo contendo nomes de outros arquivos; Extensões são apenas informativas, não definem características dos arquivos; Nomes de arquivos são case-sensitive; o único caractere não permitido em um nome de arquivos é o “/”; O tamanho máximo de um nome de arquivo é 255 caracteres.

O método mais simples de verificar o tipo de arquivo é através do comando ls.

 

– Arquivo simbólico;

d diretório;

l link simbólico;

 

Links

Links, em inglês significa ligação, no Linux são atalhos, servem principalmente para criar alternativas de paths para arquivos e programas. Imagine por exemplo um arquivo de texto localizado no diretório, /usr/local/share/documentos/ com o nome de texto.txt, para editarmos este arquivo usamos o editor Vi, então sempre que formos abrir este texto deveremos digitar no console:

$ vi /usr/local/share/documentos/texto.txt

 

É um caminho grande e de difícil memorização certo? Agora se criarmos um link para nossa pasta home, ficaria muito mais fácil, pois sempre que formos abrir este texto pelo atalho basta digitar:

$ vi ~/texto.txt

 

O comando ln permite criar links. Existem dois tipos de links suportados pelo Linux, os hard links e os links simbólicos. Os links simbólicos têm uma função parecida com os atalhos do Windows, eles apontam para um arquivo, mas se o arquivo é movido para outro diretório o link fica quebrado. Os hard links são mais intimamente ligados ao arquivo e são alterados junto com ele. Se o arquivo muda de lugar, o link é automaticamente atualizado.

O comando ln dado sem argumentos cria um hard link, como em:

 

$ ln /home/senac/arquivo.txt arquivo

Onde será criado um link chamado “arquivo” no diretório corrente, que apontará para o arquivo.txt dentro do diretório /home/SENAC

Para criar um link simbólico, basta acrescentar o argumento “-s“, como em:

$ ln -s /home/morimoto/arquivo.txt arquivo

Você pode criar tanto links apontando para arquivos, quanto links apontando para diretórios. Por exemplo, se você acha muito trabalhoso acessar o CD-ROM através do diretório/mnt/cdrom, você pode simplesmente criar um link para ele dentro do seu diretório de usuário, ou onde você quiser. Ao clicar sobre o link no gerenciador de arquivos, você acessará o CD-ROM.

Para criar um link chamado “CD” dentro do seu diretório de usuário apontando para o CD-ROM, o comando seria:

$ ln -s /mnt/cdrom ~/CD

O interpretador de comandos se encarregará de substituir automaticamente o “~” pela localização correta da sua pasta de usuário, não importa qual seja.

Você pode ainda criar links que funcionarão em qualquer parte do sistema. Por exemplo, imagine que você armazene seus arquivos de trabalho na pasta/home/seu_nome/trabalho/arquivos. Ao invés de digitar o caminho completo, você poderia criar um link simbólico “arquivos” que poderia ser acessado a partir de qualquer pasta do sistema. Para isto, basta acessar o diretório /usr/bin e criar o link por lá, usando os comandos:

$ cd /usr/bin
$ ln -s /home/seu_nome/trabalho/arquivos arquivos

 

Você verá muitos links espalhados pela estrutura de diretórios do Linux, um recurso muito usado quando os arquivos de sistemas mudam de lugar numa nova versão. Mantendo um link na localização antiga, todos os programas antigos continuam funcionando sem problemas.